quarta-feira, 10 de novembro de 2010

UMA LINDA HISTORIA DE UM BONCONSELHENSE QUE É ARTISTA, ECOLOGISTA E ESCRITOR RENOMEADO E RADICADO EM GUAÍRA/PR


Frei Pacífico


Nosso vereador Carlos Alberto vem realizando um levantamento de Artista bonconselhense por Brasil a fora e conheceu o Ilustre Antonio Augusto Sobrinho (“Frei Pacífico”), 75 anos, nasceu em Bom Conselho de Papacaça (PE) na Barra do Brejo, aos 13 anos foi para São Paulo, onde ingressou na vida religiosa, em 1955 foi para o Uruguai e em 1957 partiu para a Itália, onde ficou até 1970, voltou para o Brasil e fez curso superior de teologia na Faculdade Pio XI em São Paulo, no período de 1971 a 1977, Casado com Sueli Mondanha Sobrinho, tem quatro filhos e reside em Guaíra desde 1975.


Artista plástico, ele trabalha principalmente com cerâmica e madeira, buscando aproveitar as formas naturais dos materiais empregados, na Ilha São Francisco, no rio Paraná, Pacífico está fazendo um reflorestamento com quase cinco mil mudas de árvores nativas.


Esse devotamento pela natureza e sua participação noprograma Globo Ecologia, o projetou nacionalmente, seu ateliê no centro de Guaíra, é ponto obrigatório de vista a todo o turista que aprecia a arte.


O Título de Cidadão Honorário foi entregue pelo Vereador Osmar Volpatto, autor do Projeto de Decreto Legislativo de 04 de outubro de 1999.


A Ilha São Francisco, patrimônio natural que está sobos cuidados do Frei Pacífico há exatos 15 anos. Não dá para deixar de comemorar, afinal, o trabalho desenvolvido na ilha é exemplo de preservação e está localizado no Rio Paraná. É parada obrigatória para todo guairense consciente que se preze.



São anos de muita luta, de muito zelo e o resultado é visível, Pacífico prepara um livro, isso é uma notícia boa o suficiente para nos deixar curiosos, para aqueles que querem provar um pouquinho das histórias desse homem de ação, vai aqui um aperitivo.


Um trecho que fala justamente da Ilha São Francisco a narrativa se assemelha a uma reportagem, na Ilha São Francisco Conta-nos Frei Pacífico que certo dia saiu para pescar, na lagoa Saraiva, o rio estava cheio, havia levado consigo o amigo Waldemar e a filha Graciela, ao longe avistaram um rancho, ao se aproximar notaram que se tratava de um casal que se encontrava em profunda tristeza, pois as águas haviam invadido suas plantações de milho, feijão, mandioca, abóbora, arroz.



Por essa razão, o casal, desapontado com as labutas da agricultura, decidiu vender a Ilha, conta-nos Pacífico que a idéia de comprar a Ilha não saia de sua cabeça, foi então que procurou pelos proprietários da Ilha e propôs um negócio. O dono, até então, chamava-se “Seu Domingos”. Ao perguntar sobre o valor da Ilha, Pacífico se surpreendeu. A ilha havia sido trocada anteriormente por uma espingarda cujo valor fora trinta reais, Pacífico perguntou ao homem se não era barato demais uma Ilha por 30 reais, ‘Seu Domingos’ dissenão ser, pois era aquilo que ele havia pago, mesmo assim a Ilha foi comprada por 200 cruzados, uma vez que não era intenção ludibriar um pobre ilhéu que estava decepcionado com sua lavoura.



A Ilha era batizada inicialmente por Ilha João Costa, Após adquiri-la, a mesma passou a ser chamada de “Ilha São Francisco”, em homenagem ao patrono da ecologia, Conta-nos Frei Pacífico sobre sua alegria ao ter adquirido tão magnífica Ilha; “Retornei para casa feliz, agora eu poderia fazer algo pelo meio ambiente, passei a noite planejando como iria proceder para tornar aquele local verde novamente”.



E assim, no dia 15 de abril de 1995, levou as primeiras 600 mudas deárvores para a Ilha São Francisco, mudas adquiridas no viveiro da Itaipu, em Guaíra.


Em relato emocionado, Frei Pacífico conta sobre a aventura de reflorestar e revegetar a Ilha; “Naquele dia, eu e as crianças fizemos o reconhecimento da ilha, eles caminhavam com medo de cobra, a ilha era coberta por capim. Eu e meu amigo Waldemar roçamos e preparamos a terra para plantar as primeiras mudas, foi então no dia 18 de abril que colocamos no solo da ilha São Francisco a primeira muda de árvore.


Fizemos um ritual, rimos, batemos palmas, era sem dúvida um grande dia em nossas vidas e na vida da ilha São Francisco, que dali em diante se tornaria uma bonita ilha, já que receberia de volta seu maior bem: as árvores.

Dentre as espécies existentes na ilha São Francisco destacam-se a canafístula, figueira roxa, gameleira ou figueira branca, angico, pau-brasil, ipê roxo, ipê lilás, ipê amarelo, imbuia, logano, cajá-manga, cajá nativa, jequitibá, jatobá, Jamelão, canela, jabuticabeira, imbuzeiros, jacarandá, bambuaçu, açaí, popunha, pitanga, araçá, jacarandá, açoita-cavalo, guabiroba, coqueiro nativo, palmito, amora, pau de formiga, ingazeira branca, imbaúba, mangueira, laranjeira, poncã, Maricota, caqui, lima, orquídeas, peroba-cedro, coivara,

aroeira nativa e muitas outras espécies. Segundo Pacífico, foram plantadas mais de 20 mil mudas, embora nem todas tenham sobrevivido.

No ano de 1996 aconteceu uma grande enchente que durou 40 dias e a maioria das mudas não resistiram. Porém, foi assim, teimando contra as intempéries, que a ilha se fez verde novamente. E foi assim que uma ilha coberta por capim se tornou uma bonita ilha conhecida em todo Brasil, foi destaque no programa Globo Ecologia e em diversos canais de TV, rádio e jornais do País. Pacífico fala com imensa alegria sobre a ilha que hoje é um exemplo de meio ambiente preservado em nossa região, sua ilha recebe estudantes, professores e turistas.



A história de Pacífico como escritor começou a virar realidade quando dois amigos lhe disseram que ele deveria escrever sua história de vida e de sua arte. Mas o projeto de escrever o livro foi mais além.

Em seu livro, Frei Pacífico, conta também duas lendas, uma sobre a Ilha das Moças e a outra sobre a criação da tribo Tupi-Guarani. Segundo Frei Pacífico, neste trecho do livro, ele teria soltado a sua imaginação para criar as duas lendas. “Comecei escrevendo algo sobre as Reduções Jesuíticas para aumentar o meu livro. Logo depois me veio a ideia escrever sobre a lenda da Ilha das Moças. Para escrever esta lenda fui procurar a ilha, acampei nela, conversei com o caseiro que morava lá sobre a lenda. A partir daí comecei a imaginar os personagens que acabou virando a lenda da Ilha da Moça.


A outra lenda é sobre a união entre a tribo Tupi e a tribo Guarani, que antigamente eram inimigas. Mas chegou um dia em que esses dois grupos se uniram. Para essa lenda criei o primeiro índio Tupi a se casar com uma Guarani”, contou Frei Pacífico.


Outro assunto abordado pelo escritor foi a história de Guaíra. Neste livro os leitores poderão acompanhar todo o estudo realizado por Frei Pacífico ao longo dos anos, sobre a história indígena e da colonização de Guaíra e região. Dentre estes estudos estão os autos e baixos da região do Guahirá, a história da Companhia Mate Laranjeiras, a história de todos os nomes das ilhas do Paraná e a história de Aleixo Garcia entre outros assuntos.


Frei Pacífico é um amante da natureza, sua primeira obra de arte surgiu de um toco que se encontrava em meio a um chiqueiro. Deste pedaço de pau o escultor imaginou o rosto de um bandeirante com o seu chapéu, esta foi à primeira obra feita por Frei Pacífico.


De lá para cá, foram vindo mais obras de arte, pois o escultor não vende suas obras. Frei Pacífico ainda falou um pouco sobre a sua galeria, que possui diversas artes e têm recebido diversas visitas todos os meses. “Formei esta galeria para receber o turista, hoje recebemos diversas visitas de várias escolas e grupos de passeios”, disse Frei Pacífico ao se lembrar de suas primeiras obras.

Fontes: http://www.guaira.pr.gov.br/?pg=noticia&id=1227

http://catarataselago.blogspot.com/2010/01/blog-post.html



TRABALHO DE VERDADE

Nenhum comentário:

Postar um comentário