domingo, 6 de janeiro de 2013

PAPANGU DE BEZERROS







O anonimato é garantido. Aliás, essa é a graça da festa. No carnaval de Bezerros, município do Agreste pernambucano a 114 km de Recife, os papangus são garantia de um espetáculo colorido e ao mesmo tempo misterioso. Desde o início da manhã deste sábado, centenas de foliões, turistas e personagens folclóricos se concentravam no Polo São Sebastião, palco da programação oficial da cidade.



As máscaras dão o tom da festa. Existem aquelas mais estilizadas - que usam recursos como apliques e muito brilho - e as que fazem alusões à datas e eventos comemorativos como a Copa do Mundo de 2014. As mais rústicas são feitas de um pedaço de tecido pintado. Reza a tradição que as fantasias sejam escondidas, para garantir que ninguém se reconheça nas ruas. Até entre as famílias, maridos, mulheres e filhos constumam guardar a sete chaves as máscaras preparadas para este ano. Só no fim do dia as identidades são reveladas.



Entre os papangus estilizados, há quem prefira os motivos políticos. Por isso, personagens bem conhecidos pelo povo, como o presidente Lula e o ex-prefeito do Recife, João Paulo, também serviram de inspiração para máscaras. O petista zen, aliás, esteve lá, para conferir de perto a folia. Frevou, achou graça e posou ao lado de seu "sósia".




Paródias à parte, o que se vê nas ruas é mesmo o entusiasmo do povo, o orgulho dos pernambucanos e a curiosidade dos turistas, que tiram fotos a todo tempo e fazem questão de não perderem um só detalhe da festa. Apesar de distante, o desfile dos papangus de Bezerros já faz parte, há muito, do calendário oficial do carnaval. Tanto é que a apresentação dos personagens está marcada para acontecer apenas depois que o governador Eduardo Campos chegar à cidade.



O anonimato é garantido. Aliás, essa é a graça da festa. No carnaval de Bezerros, município do Agreste pernambucano a 114 km de Recife, os papangus são garantia de um espetáculo colorido e ao mesmo tempo misterioso. Desde o início da manhã deste sábado, centenas de foliões, turistas e personagens folclóricos se concentravam no Polo São Sebastião, palco da programação oficial da cidade.

História

De acordo com os moradores mais antigos da cidade, a brincadeira dos papaguns começou na década de 30, quando alguns homens quiseram brincar o carnaval sem serem reconhecidos pelas esposas. Nesta época eles ainda eram chamados de Papangus Pobres porque trajavam roupas velhas, rasgadas com remendos, meias nas mãos, máscaras rústicas confeccionadas com papel jornal e goma.

A partir dos anos 60, as roupas velhas foram substituídas pelas batas longas e estampadas. No entanto, a máscara continuou a ser fabricada com os produtos originais: papel jornal e goma. Durante o desfile pela cidade, os papangus bebem e comem angu de milho, uma comida típica da região. Devido ao exagero no apetite de alguns foliões, originou-se o nome da festa: Papangu.

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