Era este o refrão
que embalava todo um movimento estudantil na luta pela democracia. Dizíamos não
a ditadura que arrancava os nossos direitos, desde os básicos até o direito
sagrado da vida. Aquela juventude sabia o que fazer, ir às ruas, protestar
através das suas músicas e poesias, lutar por sua liberdade de pensar e agir,em
suma, lutar por uma vida melhor.
Naquele momento
histórico da nação o povo se rebelava contra um regime pífio que nos amordaçava
diante de uma situação insustentável imposta pelos militares da ocasião. Não
éramos passivos no momento que o país era escravo do egoísmo e da violência,
consequências como estas ainda resultam em feridas abertas, mas, não foram o
bastante para calar as vozes que ainda hoje clamam por justiça nos porões da
ditadura.
Passado todo esse
tempo temos vivido situações semelhantes, verdadeiras ditaduras disfarçadas de
democracia têm negado ao nosso povo vários direitos e até tirado de forma
arbitraria conquistas históricas, conseguidas com o suor e o sangue de quem
sonhava com dias melhores. Mas o que realmente mudou de uns tempos pra cá foram
as nossas atitudes, melhor dizendo, elas não mudaram, elas praticamente são
inexistentes. Hoje o que vemos é um povo despreocupado com as causas políticas
e sociais, não lembramos se quer em quem votamos nas ultimas eleições, somos
incapazes de lutar pelos nossos direitos e não temos o mínimo interesse em
saber o que acontece no cenário político do nosso país e de nossas cidades.
Este ambiente tem
contribuído para que políticos sem nenhum compromisso com a sociedade
estabeleçam vontades contrárias a ela, aproveitando-se de um regime democrático
aonde um povo exerce o poder apenas de maneira ideológica, pois, na
realidade, quem exerce o poder e impõe as suas vontades é uma minoria social
prestigiada pela despolitização de uma maioria.
Olhemos
para o passado e seguindo o exemplo daqueles que realmente lutaram pela verdadeira
democracia, teremos um país verdadeiramente democrático. Uma nação coberta pelo
lençol da liberdade, liberdade de lutar, liberdade de se expressar, liberdade
para nos libertarmos da nossa ignorância política.
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