sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

SÁBADO DE CARNAVAL EM CATENDE É COM ALCEU VALENÇA

Recém-chegado de uma bem sucedida turnê por Lisboa e Paris, o cantor vem para a folia incorporado em Danton, o líder libertário e boêmio da Revolução Francesa, garantindo um carnaval repleto de liberdade, igualdade e fraternidade para a grande massa pernambucana.

A revolução de Valença está diretamente ligada às trincheiras festivas de seu repertório de frevos, cirandas e maracatus. Líder incontestável do carnaval de Pernambuco, Alceu não abre mão de privilegiar os gêneros que fizeram a glória da festa no estado em mais de um século de folia. Tudo com um olhar contemporâneo, que transcende os limites entre a tradição e a modernidade para derrubar a bastilha do mau gosto, da vulgaridade e da pasteurização cultural.

Pela liberdade de seus princípios, Alceu interpreta os frevos mais marcantes de sua carreira: "Bicho Maluco Beleza", "Diabo Louro", "Bom Demais", "Me Segura Que Senão Eu Caio", "Beijando a Flora", "Roda e Avisa", "Vampira", "O Homem da Meia-Noite", "Olinda Quero Cantar", "Voltei Recife" - além de "Tropicana", com arranjo do maestro Duda.

Pela igualdade de todos os foliões, "Maracatu" evoca a exuberância negra cuja presença está na essência de todos os batuques da música brasileira. E o módulo de cirandas, com destaque para "Ciranda da Rosa Vermelha" e "Ciranda da Aliança", exalta o lema de fraternidade, que incentiva todos a dançar de mãos dadas e espírito desarmado. Para além dos instantâneos da folia, o comandante da festa alista canções eternas de sua lavra como "Anunciação", "Belle du Jour", "Como Dois Animais" e "Pelas Ruas Que Andei".

Alceu Valença leva sua vanguarda revolucionária a nove palcos - incluindo o Baile Municipal do Recife, Marco Zero, Fortim de Olinda, os pólos de Bezerros, Catende, Ipojuca, Surubim, Brasília Teimosa e Bomba do Hemetério - à frente da tropa formada por Paulo Rafael (guitarra), Tovinho (teclados), Nando Barreto (baixo), Cássio Cunha (bateria), Edwin (percussão), Aninha e Lulu (vocais e percussão), duas bailarinas e a artilharia formada por quatro dos melhores metais da escola pernambucana do frevo.

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